OBullying Pode Levar ao Suicídio 

revisão 

Em virtude da série "13 Reasons Why" voltaram à tona com grande força os temas do bullying e do suicídio, e essa é uma excelente oportunidade para mais uma vez refletirmos sobre esses temas.

O Bullying é um tipo de agressão normalmente gratuita e intencional, ou seja, o agressor tem a intenção de ferir e humilhar o outro mesmo sem que haja uma provocação ou motivo aparente. Esse comportamento agressivo pode acontecer de diversas formas: física, verbal, social, virtual, dentre outras, sendo a agressão emocional a de maior impacto em crianças e adolescentes. São exemplos de bullying humilhar ou depreciar a criança na frente dos colegas, apontar ou olhar insistentemente para a criança rindo ou fazendo gestos obscenos, excluir, isolar ou marginalizar, fazer chantagem emocional, além de muitas outras situações. É importante esclarecer que os conflitos na juventude são normais, e até saudáveis, pois ensinam a lidar com as dificuldades do dia a dia. No entanto, numa situação de bullying nós temos uma pessoa totalmente no papel de vítima, e outra totalmente no papel de agressor, e não duas pessoas em condição de igualdade vivenciando e resolvendo seus conflitos, ou seja, há desequilíbrio de poder, intenção de ferir ou humilhar, e a ameaça de continuidade da agressão, que são os três sinais mais comuns de bullying. Os pais devem estar atentos aos sinais de mudança de comportamentos que podem indicar que a criança ou o adolescente estejam sofrendo bullying, são eles: isolamento, tristeza, vontade de não ir mais à escola, pedir para mudar de turma, queda no rendimento escolar, sintomas físicos, dentre outros. Após identificada a situação, além de levar o assunto à escola para buscar as soluções, o encaminhando para a psicoterapia também se faz importantíssimo, para que a criança ou o adolescente possam novamente se fortalecer emocionalmente, resgatar sua autoestima e retomar seu caminho. Quando uma situação de bullying não é identificada e tratada de maneira adequada pode sim desencadear na atitude extrema do suicídio.

O suicídio é um gesto de autodestruição, um desejo de acabar com a própria vida quando não se consegue visualizar saídas para o sofrimento. Essas pessoas normalmente estão envoltas em uma necessidade profunda de obter paz, de sair de uma situação ruim para a qual não estão encontrando solução. É muito importante destacar que o suicídio não está necessariamente ligado a uma doença mental, ele é resultado de uma situação de crise, e que pode ser superada. Essas pessoas podem sim receber ajuda e reverter o desejo de morte, fortalecendo suas intenções de lutar pela vida. Então o que podemos fazer diante disso?

- Falar sobre o assunto: O bullying e o suicídio infelizmente ainda são tabus. Trazer o tema para discussão em casa e nos contextos sociais gera informação, e ajuda na prevenção e no suporte às pessoas que sofrem com essa questão;

- Observar:É muito importante que os pais e os profissionais de educação estejam atentos às mudanças de comportamentos das crianças e dos jovens e que deem credibilidade ao que dizem e sentem. Eles dão os sinais, mais é preciso olhar atento, escuta e sensibilidade para perceber.

- Acolher: As pessoas que sofrem com bullying e possuem pensamentos suicidas normalmente se sentem sozinhas e sem abertura para falar sobre seus pensamentos e sentimentos, então busque uma atitude de empatia e acolhimento.

- Encaminhar para ajuda especializada: Acolher alguém que demonstra fragilidade em um momento crítico é o primeiro passo, mas daí é importante que a criança ou o adolescente seja encaminhado a um profissional especializado para que possa de fato falar sobre seus sentimentos e buscar a melhoria do seu estado interior.

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